Laboratório é denunciado por transmitir HIV em órgãos transplantados no Rio de Janeiro

Nesta terça-feira (22), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou os sócios e funcionários do laboratório PCS Saleme, responsável por realizar exames de sorologia em órgãos doados no estado. Seis pacientes transplantados testaram positivo para HIV após receberem órgãos infectados, resultado de falsificações nos exames
Seis pessoas foram formalmente denunciadas: Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira (sócio do laboratório), Jacqueline Iris Barcellar de Assis (funcionária), Walter Vieira (sócio), Ivani
Segundo a denúncia, os responsáveis estavam cientes dos perigos associados à transmissão do HIV para pacientes transplantados, especialmente
As inspeções conduzidas pela Vigilância Sanitária revelaram 39 irregularidades nas filiais do PCS Saleme, incluindo a falta de alvarás e licenças sanitárias, presença de insetos mortos e sujeira nas bancadas de trabalho. Além disso, foi descoberto que o laboratório não possuía kits para a realização dos exames e não apresentou documentos que comprovassem a compra dos mesmos, levantando
O caso ganhou notoriedade no dia 10 de setembro, quando um paciente transplantado apresentou sintomas neurológicos e testou positivo para HIV. Esse paciente recebeu um coração em janeiro deste ano, e após uma investigação foi constatado que os exames realizados pelo PCS Saleme, que indicavam "não reagente" para HIV nos órgãos doados, estavam incorretos. Novas análises do material coletado confirmam
Outros pacientes que receberam enxaguatórios do mesmo doador também testaram positivo para HIV. Já uma pessoa que recebeu a córnea, que possui menos vascularização, testou negativo, e o receptor do fígado faleceu pouco tempo após o transplante, embora a causa da morte não esteja relacionada ao HIV.
Além disso, o MPRJ destacou a existência de várias ações indenizatórias contra o laboratório por erro de diagnóstico
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