Governos e Redes Sociais: O Impacto dos Algoritmos e os Desafios da Liberdade de Expressão

Governos e Redes Sociais: O Impacto dos Algoritmos e os Desafios da Liberdade de Expressão

Os algoritmos das redes sociais, que completaram 15 anos em 2024, revolucionaram a maneira como interagimos na internet. Desde seu surgimento no Facebook, em 2009, esses sistemas de recomendação personalizados têm influenciado o que bilhões de pessoas veem em seus feeds, priorizando conteúdos que geram mais engajamento, como temas polêmicos e controversos.

Ao longo dos anos, governos ao redor do mundo têm enfrentado o desafio de regular o impacto desses algoritmos, especialmente no que se refere à desinformação e conteúdos nocivos. Em 2024, países como Brasil, União Europeia, Reino Unido e EUA tomaram medidas significativas para tentar conter os excessos das plataformas. O Brasil, por exemplo, suspendeu o X (anteriormente Twitter) após uma ordem judicial, enquanto a UE introduziu regras para evitar a interferência nas eleições.

No entanto, essas tentativas de regulamentação têm gerado debates acalorados. Muitos críticos acusam os governos de restringirem a liberdade de expressão e interferirem nos princípios fundadores da internet. Um exemplo dessa discussão remonta a 1996, quando John Perry Barlow, em um famoso ensaio, argumentou que os governos não deveriam ter soberania sobre o ciberespaço.