OMM prevê 60?chance de La Niña no final do ano; impactos no Brasil em discussão

A OMM anunciou 60? probabilidade de La Niña ocorrer no final deste ano. O fenômeno tende a afetar o clima no Brasil com chuvas no Norte e Nordeste e secas no Centro-Sul. Especialistas acompanham de perto a evolução do fenômeno, que impacta de maneira diferente cada região.

OMM prevê 60?chance de La Niña no final do ano; impactos no Brasil em discussão

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou nesta quarta-feira (11) que há 60% de chance de condições favoráveis ao surgimento do fenômeno La Niña no final deste ano. Embora a probabilidade tenha sido revisada para baixo desde junho, quando era de 70%, a possibilidade de La Niña se consolidar entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025 ainda preocupa especialistas.

O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial Central e Leste. Esse fenômeno ocorre a cada 3 a 5 anos e impacta o clima global de formas distintas. Para o Brasil, os efeitos típicos incluem um aumento das chuvas no Norte e Nordeste e uma tendência de tempo mais seco no Centro-Sul, além de maior probabilidade de entrada de massas de ar frio, resultando em variações térmicas mais acentuadas.

Atualmente, o clima está em condições neutras, sem influência direta de El Niño ou La Niña. No entanto, a OMM prevê uma transição para o La Niña com chances de 60% a partir de outubro, enquanto a NOAA, agência meteorológica dos Estados Unidos, prevê 74% de probabilidade para o pico do fenômeno entre novembro e janeiro.

"Precisamos acompanhar como o La Niña se comportará na prática, pois seus efeitos não são simples. Ele tende a intensificar as chuvas no Norte e Nordeste do Brasil, mas cada região e época do ano respondem de forma diferente", explicou Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo. Segundo Luengo, o La Niña não deve ser intenso ou prolongado desta vez.