Cidadão goianiense segue pagando R$4,30 pela passagem, apesar de aumento na tarifa técnica

O preço da passagem de ônibus em Goiânia permanecerá em R$4,30, apesar do aumento de 12% na tarifa técnica aprovado pela Agência Goiana de Regulação (AGR). O novo valor, que subiu de R$9,38 para R$10,50, exige maior aporte financeiro por parte dos governos estadual e municipal para cobrir os custos do sistema.

Impacto nos subsídios

Desde 2019, o preço ao usuário não sofre alteração, sendo amplamente subsidiado pelo poder público. Atualmente, cerca de 82% dos custos do sistema são custeados por subsídios, enquanto os outros 17,6% são divididos entre prefeituras das cidades atendidas pela rede, como Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira.

De janeiro a outubro de 2024, tanto o Governo de Goiás quanto a Prefeitura de Goiânia desembolsaram R$194 milhões cada para manter o valor da passagem, um aumento de 60% em relação ao mesmo período de 2023.

Previsões para o futuro

Durante a posse de seus secretários, o prefeito Sandro Mabel (UB) reforçou o compromisso de manter a tarifa ao usuário em R$4,30 e prometeu esforços para reduzir a tarifa técnica no futuro. “Estamos trabalhando para aumentar a eficiência do transporte, o que reduzirá os custos e, consequentemente, o valor técnico da tarifa”, afirmou.

Mabel também destacou que o aumento no uso do transporte público pelos cidadãos contribuirá para a diminuição dos custos operacionais e, possivelmente, da tarifa técnica a partir de 2026.

Comparação com outras capitais

Entre as capitais brasileiras, Goiânia se mantém entre as cidades com tarifas mais acessíveis para os usuários. Em Rio Branco (AC), por exemplo, a passagem custa R$3,50 graças a subsídios municipais. Por outro lado, cidades como Curitiba (PR) e Florianópolis (SC) apresentam tarifas de R$6 e R$6,90, respectivamente, destacando o impacto direto do subsídio público no preço praticado.