2024 Pode Ser o Ano Mais Quente Já Registrado, Com Consequências Severas para o Clima e o Brasil

O ano de 2024 está prestes a se tornar o mais quente já registrado na história da Terra, de acordo com o centro de pesquisa Copernicus. A temperatura média global da superfície do ar superou em 1,5°C os níveis pré-industriais durante 16 dos últimos 17 meses. Esse limite de 1,5°C, considerado crucial pelos especialistas, é visto como uma linha de segurança para evitar consequências ambientais catastróficas, como o derretimento das calotas polares e a elevação do nível do mar.

A confirmação de que o ano de 2024 será o mais quente já registrado vem com a observação de que, apesar de dezembro ainda não ter terminado, é improvável que as condições climáticas melhorem significativamente. O registro de temperaturas acima da média global é uma continuidade de um fenômeno que já preocupa especialistas do clima, sendo um reflexo das mudanças climáticas aceleradas provocadas por atividades humanas.

No Brasil, as consequências desse aumento de temperatura têm sido devastadoras. O país enfrenta a pior e mais extensa seca de sua história recente, afetando principalmente o Norte. A expectativa era de que a chegada da estação chuvosa em outubro aliviasse a situação, mas, como já ocorreu em anos anteriores, as chuvas chegaram com atraso e estão abaixo da média em várias regiões.

Os rios no Norte do país, especialmente, ainda apresentam grandes áreas de terra exposta devido à falta de água. O calor intenso acelera a evaporação das chuvas, e a vegetação seca contribui para a propagação do fogo, com queimadas ilegais e desmatamento, como o que ocorre em Santarém, no Pará.

O impacto do calor também exacerba a escassez de água e a segurança alimentar, afetando milhões de brasileiros. As autoridades e especialistas alertam que, se não forem tomadas medidas drásticas para mitigar o aquecimento global, os próximos anos podem trazer consequências ainda mais graves para o clima e para a sobrevivência humana.