TRÊS ACIDENTES COM PARAPENTES EM JUNHO ACENDEM ALERTA SOBRE REGULAMENTAÇÃO DO ESPORTE

O mês de junho registrou três acidentes com parapentes em Goiás, incluindo uma morte. Os casos ocorreram em Iporá, Valparaíso de Goiás e Aruanã, e reacenderam a discussão sobre a regulamentação do esporte. Apesar da exigência de habilitação específica, muitos praticantes ainda enfrentam riscos elevados durante os voos. A Anac regulamenta a atividade, classificada como Voo Livre.

TRÊS ACIDENTES COM PARAPENTES EM JUNHO ACENDEM ALERTA SOBRE REGULAMENTAÇÃO DO ESPORTE

Três acidentes com parapentes registrados no estado de Goiás nas últimas semanas acenderam um sinal de alerta sobre a segurança e regulamentação do Voo Livre no Brasil. Um dos casos terminou em morte, enquanto os outros dois resultaram em ferimentos, gerando um debate sobre a necessidade de fiscalização mais rigorosa e maior conscientização dos praticantes.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Voo Livre é um esporte radical que exige habilitação específica. Para voar legalmente, o piloto precisa de certificado e estar cadastrado no Cadastro Aerodesportivo, além de passar por capacitação teórica e prática em instituições ou associações especializadas. O especialista e instrutor da modalidade, Daniel Vasconcelos, afirmou que os alunos realizam cursos técnicos de pilotagem e passam por prova da Anac para obtenção do certificado.

O primeiro acidente ocorreu em 21 de junho, em Iporá, zona rural goiana. Um piloto de 30 anos despencou de aproximadamente 10 metros após o equipamento perder sustentação. O vídeo do momento foi divulgado pelo Clube de Voo Livre de Iporá (CVLI). A vítima sofreu suspeita de fratura no braço esquerdo, além de dores no tórax e na cervical. Segundo o instrutor Daniel Vasconcelos, o acidente foi causado por uma zona de ar que fez o parapente perder sustentação. A licença e o equipamento estavam regulares.

O segundo caso foi o mais grave: o capitão da Força Aérea Brasileira Edwilson Galvão morreu após cair com o parapente em Valparaíso de Goiás, na região do Entorno do Distrito Federal, na sexta-feira (27). O Corpo de Bombeiros do DF informou que ele já estava sem vida quando os socorristas chegaram. Segundo relatos, Galvão teria feito uma curva logo após a decolagem, o que levou à queda fatal. Ele era conhecido na região de Luziânia, onde tinha fortes laços familiares.

O terceiro acidente foi registrado no sábado (28), em Aruanã. Um grupo de três praticantes sobrevoava o rio Araguaia quando um deles perdeu altitude e caiu em uma área de mata fechada. Ainda não há informações sobre o estado de saúde da vítima.

Apesar de serem considerados acidentes isolados e causados por diferentes fatores, os casos aumentaram a preocupação sobre o cumprimento das regras, preparo técnico dos pilotos e monitoramento da prática em áreas turísticas e de grande movimentação.