Execução de Homem no Texas Reacende Debate sobre "Síndrome do Bebê Sacudido" e Clamores por Clemência

Nesta quinta-feira (17), Robert Roberson, diagnosticado com autismo, enfrenta a possibilidade de ser o primeiro condenado nos EUA a ser executado por um caso envolvendo a “síndrome do bebê sacudido”. Roberson foi condenado pela morte de sua filha de 2 anos em 2002, e sua execução ocorre em meio a pedidos de clemência vindos de ONGs, políticos e até do detetive do caso.
O diagnóstico de "síndrome do bebê sacudido", que refere-se a uma grave lesão cerebral causada por impactos violentos, é contestado pelos defensores de Roberson. Eles argumentam que novas evidências indicam que a menina, Nikki Curtis, morreu devido a uma pneumonia severa e não a um trauma na cabeça, como alegado no julgamento. Advogados afirmam que os médicos não consideraram outras causas para a morte, como a doença, que progrediu para sepse e foi acelerada por medicamentos incorretos.
O movimento por clemência, que inclui 86 políticos e especialistas, enviou uma carta à Comissão de Indultos e Liberdade Condicional do Texas pedindo que a execução fosse suspensa. No entanto, promotores sustentam que as evidências contra Roberson permanecem válidas, e em 2023, o tribunal permitiu que o caso avançasse novamente.
O debate sobre a “síndrome do bebê sacudido” continua polarizado. Críticos apontam que o diagnóstico pode levar a condenações injustas, enquanto outros médicos e promotores defendem a sua validade científica.
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