Contaminação por Mercúrio Atinge Sete Rios na Terra Yanomami, Afetando Saúde e Meio Ambiente

Em um novo levantamento, um acordo do WWF-Brasil que sete rios na Terra Indígena Yanomami, incluindo Parima, Uraricaá, Amajari, Apiaú, Uraricoera, Mucajaí e Couto de Magalhães, estão contaminados por mercúrio devido ao garimpo ilegal. Três afluentes também estão afetados: Auaris, Trairão e Ereu. A presença de mercúrio, usada para separar o ouro dos sedimentos, coloca em risco a saúde dos habitantes locais e contamina peixes que ultrapassam os níveis aceitáveis de mercúrio.
Esses peixes, ao serem consumidos, tornam-se uma fonte direta de contaminação para os Yanomami, agravando a já crítica situação de saúde na região. Em 2024, estudos da Fiocruz e do Instituto Socioambiental (ISA) apontaram que 94% dos indígenas nas comunidades à beira do rio Mucajaí apresentam altos níveis de contaminação por mercúrio.
O estudo do WWF-Brasil foi desenvolvido com modelos da Agência Ambiental Americana (USEPA) e destaca a bioacumulação do mercúrio, com o rio Uraricoera e o Mucajaí liderando os níveis de contaminação, ambos com índices em peixes piscívoros muito acima do limite de segurança estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A presença do metal nos rios representa uma ameaça tanto para a biodiversidade local quanto para a sobrevivência dos Yanomami, que dependem da pesca para sua alimentação e subsistência.
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