Trump inicia deportações em massa com operação de prisão de imigrantes ilegais

O governo Donald Trump iniciou uma ampla operação de deportação de imigrantes ilegais, com a prisão de 538 pessoas e centenas já deportadas em voos militares. Entre as medidas mais rígidas, está o aumento do poder da Agência de Imigração e Fronteiras (ICE) para realizar deportações instantâneas, medida criticada por especialistas e autoridades locais.

Trump inicia deportações em massa com operação de prisão de imigrantes ilegais

Nesta semana, o governo de Donald Trump deu início à prometida campanha de deportações em massa, com uma megaoperação que resultou na prisão de 538 imigrantes ilegais. De acordo com a Casa Branca, centenas desses indivíduos já foram deportados em aviões militares, embora o destino exato de todos os deportados não tenha sido especificado.

No Brasil, a Polícia Federal confirmou que o primeiro voo de deportados brasileiros sob a nova gestão de Trump está previsto para chegar em Belo Horizonte na noite desta sexta-feira (24).

Deportações instantâneas e medidas controversas
Segundo o jornal "The New York Times", o governo Trump concedeu poderes ampliados à Agência de Imigração e Fronteiras (ICE), permitindo deportações instantâneas de indivíduos recém-chegados ao território norte-americano. Essa prática viola leis internacionais, que exigem avaliações individuais antes da deportação.

A Casa Branca justificou as prisões afirmando que os imigrantes detidos são “criminosos condenados”, com a maioria das sentenças emitidas poucos dias antes das operações. Contudo, especialistas apontam que a condenação por crimes nos EUA nem sempre justifica deportações imediatas, dependendo da gravidade do delito ou do status de refugiado do indivíduo.

Críticas e denúncias de abusos
A operação gerou controvérsias, especialmente em cidades como Newark, Nova Jersey, conhecida como “cidade santuário”. O prefeito Ras Baraka acusou agentes de imigração de violarem direitos humanos ao deter cidadãos e imigrantes sem mandados judiciais, incluindo até um veterano de guerra. “Eles invadiram estabelecimentos locais, detendo moradores sem qualquer documentação legal”, afirmou Baraka.

A Casa Branca ainda não respondeu às acusações até a última atualização desta reportagem.