Trump confirma tarifas sobre México, Canadá e China a partir de 4 de março

Trump confirma tarifas sobre México, Canadá e China a partir de 4 de março

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (27) que as tarifas comerciais impostas ao México e ao Canadá entrarão em vigor no dia 4 de março, conforme programado. Além disso, ele anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre a China na mesma data. A justificativa do governo é o alto nível de entrada de drogas, especialmente fentanil, nos EUA.

"Não podemos permitir que esse flagelo continue prejudicando os EUA. Portanto, até que ele pare ou seja seriamente limitado, as propostas de tarifas entrarão, de fato, em vigor no dia 4 de março", afirmou Trump em sua plataforma Truth Social.

A declaração veio após certa confusão gerada no dia anterior, quando Trump sugeriu que poderia adiar a aplicação das tarifas por um mês, até 4 de abril. No entanto, as autoridades da Casa Branca esclareceram que esses dados estão relacionados à implementação de tarifas recíprocas, que ainda dependem da conclusão de um estudo previsto para ser publicado em 1º de abril.

Reações internacionais

A decisão de Trump gerou reações imediatas. No México, o ministro da Economia, Marcelo Ebrard, marcou reuniões com representantes do governo dos EUA para tentar reverter a imposição das tarifas. No Canadá, o ministro da Segurança Pública, David McGuinty, destacou que o país já tem reforçado a segurança na fronteira e no combate ao tráfico de drogas, buscando convencer o governo norte-americano de que medidas adicionais não são permitidas.

Já a China manifestou sua posição em carta ao representante comercial dos EUA, defendendo que as questões econômicas e comerciais entre os dois países devem ser resolvidas por meio de diálogo e consultas equitativas.

O governo norte-americano mantém a posição de que as tarifas são uma forma de pressionar os países a intensificarem o combate ao tráfico de drogas e reforçarem a segurança nas fronteiras. A medida, no entanto, pode gerar impactos significativos no comércio internacional e nas relações diplomáticas dos EUA com esses países.