Rússia amplia conquista em território-chave da Ucrânia, que anuncia retirada para 'salvar vidas'
Russos dominaram cidade de Avdiivka, símbolo da resistência ucraniana, que guardava o local há quatro meses. Soldados ucranianos descansam em um abrigo perto da linha de frente perto de Avdiivka, região de Donetsk, Ucrânia, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023. AP/Libkos O Exército ucraniano se retirou da cidade de Avdiivka, no leste do país, para evitar a morte de seus soldados. A cidade é o avanço mais significativo para a Rússia desde a conquista de Bakhmut em maio de 2023, após meses de combates que deixaram milhares de mortos. Avdiivka foi brevemente tomada em julho de 2014 pelos separatistas pró-russos, mas voltou ao controle de Kiev, que a manteve durante todo esse tempo apesar de sua proximidade com Donetsk, reduto separatista no leste da Ucrânia. Desde outubro, os soldados ucranianos resistiam em inferioridade numérica e material aos ataques russos contra esta localidade na bacia de mineração do Donbass, onde a situação se tornou especialmente crítica nos últimos dias. Com mais soldados e munições, a Rússia instou suas tropas a conquistarem esta cidade poucos dias antes do segundo aniversário do início da invasão, em 24 de fevereiro. "Na situação em que o inimigo avança sobre os cadáveres de seus próprios soldados e com dez vezes mais obuses [peças de artilharia] [...] Esta é a única solução viável", justificou o general Tarnavski ao anunciar a retirada. Ele também reconheceu que "vários soldados" ucranianos foram "capturados" pelas forças russas. Jornada europeia de Zelensky A tomada da cidade ocorre enquanto Zelensky viaja pela Europa. O presidente lamentou neste sábado a falta de munição e armas à disposição de seu Exército, o que confere uma vantagem às tropas russas. A vide-presidente americana Kamala Harris disse em Munique que o apoio à Ucrânia não deve depender de "jogos políticos" nos Estados Unidos. Os Estados Unidos são o país que mais têm ajudado a Ucrânia com pacotes financeiros, mas atualmente cerca de 60 mil milhões de dólares para Kiev estão retidos por conta de discordância do uso do dinheiro no Congresso dos EUA. Neste contexto, Zelensky assinou na sexta-feira dois acordos bilaterais de segurança, um deles em Berlim com o chanceler alemão Olaf Scholz e outro em Paris, com o presidente francês Emmanuel Macron. Primeiro dia de discussões no Fórum Econômico Mundial tem discurso de Zelensky


Russos dominaram cidade de Avdiivka, símbolo da resistência ucraniana, que guardava o local há quatro meses. Soldados ucranianos descansam em um abrigo perto da linha de frente perto de Avdiivka, região de Donetsk, Ucrânia, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023. AP/Libkos O Exército ucraniano se retirou da cidade de Avdiivka, no leste do país, para evitar a morte de seus soldados. A cidade é o avanço mais significativo para a Rússia desde a conquista de Bakhmut em maio de 2023, após meses de combates que deixaram milhares de mortos. Avdiivka foi brevemente tomada em julho de 2014 pelos separatistas pró-russos, mas voltou ao controle de Kiev, que a manteve durante todo esse tempo apesar de sua proximidade com Donetsk, reduto separatista no leste da Ucrânia. Desde outubro, os soldados ucranianos resistiam em inferioridade numérica e material aos ataques russos contra esta localidade na bacia de mineração do Donbass, onde a situação se tornou especialmente crítica nos últimos dias. Com mais soldados e munições, a Rússia instou suas tropas a conquistarem esta cidade poucos dias antes do segundo aniversário do início da invasão, em 24 de fevereiro. "Na situação em que o inimigo avança sobre os cadáveres de seus próprios soldados e com dez vezes mais obuses [peças de artilharia] [...] Esta é a única solução viável", justificou o general Tarnavski ao anunciar a retirada. Ele também reconheceu que "vários soldados" ucranianos foram "capturados" pelas forças russas. Jornada europeia de Zelensky A tomada da cidade ocorre enquanto Zelensky viaja pela Europa. O presidente lamentou neste sábado a falta de munição e armas à disposição de seu Exército, o que confere uma vantagem às tropas russas. A vide-presidente americana Kamala Harris disse em Munique que o apoio à Ucrânia não deve depender de "jogos políticos" nos Estados Unidos. Os Estados Unidos são o país que mais têm ajudado a Ucrânia com pacotes financeiros, mas atualmente cerca de 60 mil milhões de dólares para Kiev estão retidos por conta de discordância do uso do dinheiro no Congresso dos EUA. Neste contexto, Zelensky assinou na sexta-feira dois acordos bilaterais de segurança, um deles em Berlim com o chanceler alemão Olaf Scholz e outro em Paris, com o presidente francês Emmanuel Macron. Primeiro dia de discussões no Fórum Econômico Mundial tem discurso de Zelensky
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