Queimadas na Amazônia aumentam 132% em agosto; maior índice dos últimos 5 anos
Em agosto de 2024, a área de floresta nativa queimada na Amazônia aumentou 132% em relação ao mesmo mês de 2023. O impacto é o maior dos últimos cinco anos, com um terço da área afetada sendo vegetação nativa. O clima seco e o calor estão contribuindo para a maior suscetibilidade ao fogo.

O desmatamento na Amazônia atingiu níveis alarmantes em agosto de 2024. A área de floresta nativa queimada cresceu 132% em relação ao mesmo mês de 2023, segundo o Monitor do Fogo, uma iniciativa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e da rede MapBiomas.
Os dados revelam uma mudança preocupante no padrão de queimadas na região. Em vez de afetar predominantemente áreas desmatadas para agropecuária, um terço da área queimada este ano é composta por vegetação nativa. Em 2019, esse percentual era de apenas 12%. Com 685.829 hectares de floresta nativa destruídos em agosto de 2024, o impacto é o mais severo dos últimos cinco anos.
Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM, destaca que o clima seco e o calor intensificaram a inflamabilidade da floresta, que era tradicionalmente úmida e resistente a incêndios. O Monitor do Fogo utiliza imagens do satélite Sentinel 2 para mapear essas queimadas mensalmente desde 2019.
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