Goiânia tem uma das piores coberturas de pontos de ônibus sinalizados entre as capitais do Brasil, aponta IBGE
Apenas 5,3% dos logradouros de Goiânia possuem paradas de transporte coletivo com sinalização visível, segundo pesquisa do IBGE. A capital goiana ocupa o terceiro pior desempenho entre as capitais, ficando atrás apenas de Palmas e Macapá. A falta de pontos identificados pode prejudicar o uso do transporte público, mesmo com investimentos recentes no setor.

Um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acendeu um alerta sobre a precariedade da infraestrutura de transporte público em Goiânia. Segundo a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, feita em 2022 e publicada agora, apenas 5,3% dos logradouros da capital goiana possuem pontos de ônibus sinalizados — com placas, totens ou qualquer forma de identificação visível.
Com esse índice, Goiânia ocupa a antepenúltima posição entre as capitais brasileiras, ficando à frente apenas de Palmas (4,5%) e Macapá (3,1%). Em contraste, as capitais com maior cobertura de sinalização são Porto Alegre (25%), Belo Horizonte (20,5%) e Florianópolis (19,8%).
O estudo avaliou a existência de pontos de ônibus ou vans visivelmente identificados, mas não se aprofundou na frequência ou qualidade do serviço oferecido. Ainda assim, a baixa presença desses pontos pode ser um entrave direto para quem depende do transporte público diariamente, dificultando o acesso, a mobilidade urbana e até a segurança dos usuários.
Goiás também tem desempenho fraco
No contexto estadual, Goiás apresenta média ainda mais baixa que a da capital: apenas 3,8% dos logradouros contam com pontos de ônibus sinalizados, contra uma média nacional de 8,8%. O estado ocupa a sétima pior colocação entre as 27 unidades da Federação. O Rio Grande do Sul lidera com 14,5%, seguido por Santa Catarina (11,9%) e São Paulo (11,8%).
A situação chama atenção especialmente por ocorrer apesar dos investimentos recentes na mobilidade urbana da Região Metropolitana de Goiânia, como a renovação da frota de ônibus e a implantação de faixas exclusivas para o transporte coletivo. A falta de sinalização básica nos pontos, no entanto, mostra que há uma lacuna significativa na infraestrutura urbana voltada ao transporte público.
O IBGE reforça que a presença de itens como pontos de ônibus sinalizados, calçamento, iluminação e arborização são indicadores importantes de qualidade de vida, segurança e acessibilidade nas cidades.
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