EMPRESAS DE SENADOR CANEDO SÃO ALVO EM INVESTIGAÇÃO CONTRA LAVAGEM DE DINHEIRO LIGADA AO PCC

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em empresas de Senador Canedo como parte da Operação Carbono Oculto, conduzida pelo MP-SP. A ação investiga fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis ligadas ao PCC, que teria movimentado mais de R$ 8 bilhões.

EMPRESAS DE SENADOR CANEDO SÃO ALVO EM INVESTIGAÇÃO CONTRA LAVAGEM DE DINHEIRO LIGADA AO PCC

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em empresas de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, na última quinta-feira (28), durante a Operação Carbono Oculto. A ação é coordenada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e tem como objetivo desarticular esquemas de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, supostamente vinculados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com a Receita Federal, trata-se da maior operação contra o crime organizado da história do país em termos de cooperação institucional. A investigação identificou que o grupo operava duas redes de combustíveis em São Paulo e outra em Goiás, todas envolvidas em esquemas de lavagem de capitais para o PCC.

As apurações indicam que a facção teria arrecadado mais de R$ 8 bilhões com a cadeia econômica ligada ao comércio de combustíveis. O MP-GO informou que a operação em Senador Canedo contou com a participação de 15 agentes de segurança institucional, 12 policiais militares, 8 auditores da Receita Federal e dois promotores de Justiça.

Além de Goiás e São Paulo, mandados também foram cumpridos no Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. No total, foram cerca de 350 alvos entre pessoas físicas e jurídicas.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) solicitou o bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens, incluindo imóveis e veículos dos investigados.

As investigações também revelaram que o grupo criminoso adulterava combustíveis utilizando metanol — produto importado que deveria ter outro destino, mas era empregado ilegalmente na fabricação de gasolina adulterada.

As autoridades reforçam que o esquema não apenas financiava atividades ilícitas do PCC, como também prejudicava consumidores e gerava desequilíbrios no mercado de combustíveis.