Benjamin Netanyahu diz que forças de Israel precisam invadir Rafah, onde há 1,4 milhão de pessoas, para destruir o Hamas
Netanyahu disse que deixou extremamente claro para Joe Biden, que é contra a invasão, que os israelenses estão determinados a 'concluir a eliminação desses batalhões (do grupo terrorista Hamas) em Rafah'. Netanyahu leva adiante plano de invadir Rafah O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu disse na terça-feira (19) que será preciso mandar as forças israelenses invadirem a cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, para destruir o grupo terrorista Hamas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Antes da declaração de Netanyahu, o governo dos Estados Unidos havia pedido para que o primeiro-ministro repensasse a estratégia de invadir a cidade, pois muitos palestinos foram para Rafah após deixar outras regiões da Faixa de Gaza. Há cerca de 1,4 milhão de pessoas na cidade. Netanyahu disse que deixou "extremamente claro" para o presidente dos EUA, Joe Biden, que os israelenses estão "determinados a concluir a eliminação desses batalhões (do Hamas) em Rafah, e não há outra maneira de fazer isso a não ser entrando no terreno". Por que Rafah é importante? Desde que Israel declarou guerra contra o Hamas, em 7 de outubro do ano passado, Netanyahu afirmou que sua principal meta é acabar com a capacidade de o grupo terrorista atacar. Israel diz que, agora, a cidade de Rafah é o último local onde o Hamas tem força na Faixa de Gaza. Segundo os israelenses, dos 24 batalhões do Hamas, 18 foram destruídos. Os que ainda restam estão em Rafah, e é preciso enviar tropas terrestres para atacá-los, dizem as forças de Israel. Além disso, eles afirmam, há autoridades do Hamas se escondendo na cidade. Torre residencial na cidade de Rafah em 9 de março de 2024 Mohammed Salem/Reuters Por que há oposição aos planos de Israel? Os EUA pediram para Israel não invadir Rafah sem um plano para retirar civis da cidade. Em um telefonema, o presidente Joe Biden disse a Netanyahu que ele não deveria invadir Rafah e que os EUA estão em busca de uma abordagem alternativa, que não incluiria uma incursão por terra. O Egito, que é um parceiro estratégico dos israelenses há 40 anos, disse que se os palestinos forem forçados a entrar em território egípcio, o acordo de paz com Israel estará ameaçado. Israel não está preparado Apesar das falas de Netanyahu, aparentemente as forças de Israel não estão prontas para uma invasão. Isso pode estar ligado às negociações com o Hamas para um cessar-fogo. O Catar está mediando as conversas entre os representantes de Israel e do Hamas, e afirma que um acordo não vai dar certo se houver invasão em Rafah. Além disso, os militares de Israel afirmam que têm planos para direcionar os civis a locais no centro da Faixa de Gaza, que eles chamam de “ilhas humanitárias”, antes da ofensiva. Esse plano, no entanto, ainda não foi aprovado.


Netanyahu disse que deixou extremamente claro para Joe Biden, que é contra a invasão, que os israelenses estão determinados a 'concluir a eliminação desses batalhões (do grupo terrorista Hamas) em Rafah'. Netanyahu leva adiante plano de invadir Rafah O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu disse na terça-feira (19) que será preciso mandar as forças israelenses invadirem a cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, para destruir o grupo terrorista Hamas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Antes da declaração de Netanyahu, o governo dos Estados Unidos havia pedido para que o primeiro-ministro repensasse a estratégia de invadir a cidade, pois muitos palestinos foram para Rafah após deixar outras regiões da Faixa de Gaza. Há cerca de 1,4 milhão de pessoas na cidade. Netanyahu disse que deixou "extremamente claro" para o presidente dos EUA, Joe Biden, que os israelenses estão "determinados a concluir a eliminação desses batalhões (do Hamas) em Rafah, e não há outra maneira de fazer isso a não ser entrando no terreno". Por que Rafah é importante? Desde que Israel declarou guerra contra o Hamas, em 7 de outubro do ano passado, Netanyahu afirmou que sua principal meta é acabar com a capacidade de o grupo terrorista atacar. Israel diz que, agora, a cidade de Rafah é o último local onde o Hamas tem força na Faixa de Gaza. Segundo os israelenses, dos 24 batalhões do Hamas, 18 foram destruídos. Os que ainda restam estão em Rafah, e é preciso enviar tropas terrestres para atacá-los, dizem as forças de Israel. Além disso, eles afirmam, há autoridades do Hamas se escondendo na cidade. Torre residencial na cidade de Rafah em 9 de março de 2024 Mohammed Salem/Reuters Por que há oposição aos planos de Israel? Os EUA pediram para Israel não invadir Rafah sem um plano para retirar civis da cidade. Em um telefonema, o presidente Joe Biden disse a Netanyahu que ele não deveria invadir Rafah e que os EUA estão em busca de uma abordagem alternativa, que não incluiria uma incursão por terra. O Egito, que é um parceiro estratégico dos israelenses há 40 anos, disse que se os palestinos forem forçados a entrar em território egípcio, o acordo de paz com Israel estará ameaçado. Israel não está preparado Apesar das falas de Netanyahu, aparentemente as forças de Israel não estão prontas para uma invasão. Isso pode estar ligado às negociações com o Hamas para um cessar-fogo. O Catar está mediando as conversas entre os representantes de Israel e do Hamas, e afirma que um acordo não vai dar certo se houver invasão em Rafah. Além disso, os militares de Israel afirmam que têm planos para direcionar os civis a locais no centro da Faixa de Gaza, que eles chamam de “ilhas humanitárias”, antes da ofensiva. Esse plano, no entanto, ainda não foi aprovado.
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