Universidade de Brasília aprova cotas para pessoas trans em cursos de graduação a partir de 2025

Universidade de Brasília aprova cotas para pessoas trans em cursos de graduação a partir de 2025

A Universidade de Brasília (UnB) aprovou, nesta quinta-feira (17), a criação de uma política de cotas destinada a pessoas trans, que receberá a valer a partir de 2025. De acordo com a nova regra, 2% das vagas de todas as modalidades de ingresso em cursos de graduação da instituição serão reservadas para travestis, mulheres trans, homens trans, transmasculinos e pessoas não binárias.

Conforme estabelecido pela UnB, se uma pessoa que se inscrever por meio da cota não obtiver a classificação necessária por ampla concorrência, ela ainda poderá ocupar uma vaga específica para pessoas trans. Caso não haja candidatos trans inscritos, as vagas serão remanejadas para os demais concorrentes.

A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais , Bruna Benevides, destacou que a medida representa um avanço importante na inclusão de pessoas trans em espaços educacionais e no mercado de trabalho formal. “Essa iniciativa combate a violência e a violação de direitos humanos, além de proporcionar maior acesso à qualificação profissional para pessoas trans”, afirmou Bruna.

O Comitê Permanente de Acompanhamento das Políticas de Ação Afirmativa (Copeaa) será responsável por propor os critérios de heteroidentificação e por avaliar denúncias de descumprimento da nova política de cotas.

Outras universidades federais também adotam medidas semelhantes, incluindo a Universidade Federal do ABC (UFABC) , Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) , Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) , consolidando um movimento crescente de inclusão e igualdade no ensino superior brasileiro.